
A crítica cinematográfica brasileira tem "caído matando" em cima da produção de O Homem Que Desafiou o Diabo, de Moacyr Góes (o mesmo autor de Dom e Trair e Coçar é Só Começar). A razão: a falta de identidade com a verdadeira essência cultural do Nordeste. Seguindo a tendência "global" hemeralópica de ver e interpretar a multiforme e profundamente rica cultura nordestina, o filme peca em não fazer jus a toda essa sutil complexidade.
Segundo Celso Sabadin, crítico de cinema, "a riqueza cultural nordestina - ampla, plural, profunda e multifacetada - dificilmente é compreendida pelos produtos áudio-visuais que saem dos estúdios da Rede Globo".
Para Celso e para outros críticos, a falta de profundidade é marcante num filme que não se decide entre encantar ou excitar o espectador e no qual nem a história, nem os personagens são aprofundados. Parece até que o diretor quis, conscientemente, preencher os gaps da trama apresentando o erotismo como substituto à verdadeira arte. "Provavelmente em busca do grande público, a opção é pelo humor chulo, que resvala num estilo de pornochanchada tardia, com data de validade pra lá de vencida", lamenta Sabadin.
E mesmo a despeito da qualidade do elenco, é mais que patente o seu esforço e dificuldade em encarnar a alma nordestina - é só prestar atenção um pouquinho para se perceber um tipo híbrido de sotaque criado por Marcos Palmeira, na pele de Zé Araújo. O carioquês falou mais forte que o nordestinês.
O Homem Que Desafiou o Diabo é, na realidade, um produto que nada cheira à apetitosa buchada nordestina, nem adoça o paladar tal como uma tradicional rapadura. Antes trata-se, na realidade, de uma feijoada com sarapatel preparados nos porões fluminenses do Projac.
Sinopse: Zé Araújo (Marcos Palmeira) é um homem boêmio, que gosta de frequentar cabarés e ouvir cantadores de viola. Após tirar a virgindade de uma turca, ele é obrigado pelo pai dela a se casar. Durante anos Zé passa por seguidas humilhações, provocadas por sua esposa. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele se revolta, destrói o armazém do sogro e ainda dá uma surra na esposa. Ao terminar ele monta em seu cavalo e parte sem destino, decidido a ter uma vida de aventuras. A partir deste dia Zé Araújo passa a ser conhecido como Ojuara, enfrentando inimigos e vivendo situações inusitadas.
Segundo Celso Sabadin, crítico de cinema, "a riqueza cultural nordestina - ampla, plural, profunda e multifacetada - dificilmente é compreendida pelos produtos áudio-visuais que saem dos estúdios da Rede Globo".
Para Celso e para outros críticos, a falta de profundidade é marcante num filme que não se decide entre encantar ou excitar o espectador e no qual nem a história, nem os personagens são aprofundados. Parece até que o diretor quis, conscientemente, preencher os gaps da trama apresentando o erotismo como substituto à verdadeira arte. "Provavelmente em busca do grande público, a opção é pelo humor chulo, que resvala num estilo de pornochanchada tardia, com data de validade pra lá de vencida", lamenta Sabadin.
E mesmo a despeito da qualidade do elenco, é mais que patente o seu esforço e dificuldade em encarnar a alma nordestina - é só prestar atenção um pouquinho para se perceber um tipo híbrido de sotaque criado por Marcos Palmeira, na pele de Zé Araújo. O carioquês falou mais forte que o nordestinês.
O Homem Que Desafiou o Diabo é, na realidade, um produto que nada cheira à apetitosa buchada nordestina, nem adoça o paladar tal como uma tradicional rapadura. Antes trata-se, na realidade, de uma feijoada com sarapatel preparados nos porões fluminenses do Projac.
Sinopse: Zé Araújo (Marcos Palmeira) é um homem boêmio, que gosta de frequentar cabarés e ouvir cantadores de viola. Após tirar a virgindade de uma turca, ele é obrigado pelo pai dela a se casar. Durante anos Zé passa por seguidas humilhações, provocadas por sua esposa. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele se revolta, destrói o armazém do sogro e ainda dá uma surra na esposa. Ao terminar ele monta em seu cavalo e parte sem destino, decidido a ter uma vida de aventuras. A partir deste dia Zé Araújo passa a ser conhecido como Ojuara, enfrentando inimigos e vivendo situações inusitadas.
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